Fotos mostram cachorros treinados para serem campeões de corrida, preparados para exposições, usados como pastores e ajudantes em regiões inóspitas
O fotógrafo Tim Flach, especializado em retratar animais, está lançando agora em outubro um novo livro, Dogs Gods, onde explora a ligação entre os homens e os cães - que já dura mais de 15 mil anos.
Seguindo a linha de seu livro anterior, Equus, sobre cavalos, Flach mostra os cães sobre um ângulo diferente. Eles foram fotografados em estúdio, em viagens a países como Irlanda e competindo em um concurso de beleza canina nos Estados Unidos.
Nesse concurso, os donos dos cães tem cerca de duas horas para transformá-los em outros animais, plantas ou quaisquer personagens com tosquias extravagantes e tingimento no pelo.
Flach e Lewis Blackwell, co-autor do texto sobre os cães, contam, no livro, que muitas pessoas acham que esses concursos seriam cruéis para com os animais, mas que os cães são bem tratados e que "sentem que são importantes, como filhos mimados".
Segundo o fotógrafo, o livro procura mostrar a maneira como homens modificam e manipulam a natureza. "Cães são o relacionamento domesticado mais antigo que temos e o mais interessante. Em parte nós os criamos e em parte eles nos criaram", diz.
O livro publicado pela editora Abrams chega às lojas em outubro.
Cães com estilo
O poodle Falcor precisou de quarenta horas para se transformar em um leão para uma exposição nos Estados Unidos. A dona também pintou cabeças de zebra e girafa nas patas.
O livro 'Dogs Gods' (Cães Deuses), do premiado fotógrafo americano Tim Flach, tenta expor a afeição entre humanos e cães, uma relação que dura mais de 15 mil anos.
O greyhound azul Kinda Ready é um corredor valioso. Ele é vencedor de corridas de cachorros como o Derby, na Inglaterra, e foi treinado pelo dono, Mark Wallis.
Ancestrais dos huskys siberianos ajudaram humanos a povoarem as regiões mais frias do mundo. Hoje, a espécie é valorizada por sua fidelidade. Estes foram fotografados na Irlanda.
Nesta foto, o poodle Sophia aparece 'disfarçado' de esqueleto para a exposição. O dono, Sami Stanley, explica que se inspirou no filme "A Noiva Cadáver", de Tim Burton.